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As empresas têm lidado com novas questões de clima organizacional com os funcionários.

Devido às mudanças na dinâmica dos trabalhos nos últimos anos, inclusive com a adoção do home office e uma nova geração no mercado de trabalho, as empresas têm novas questões e diferentes desafios com os funcionários.

Quiet Quitting e The Great Resignation são claros exemplos desse novo cenário e têm em comum as queixas pela cultura tóxica em empresas.

O primeiro termo, Quiet Quitting, descreve a conduta dos funcionários que optam por um equilíbrio maior entre a vida pessoal e profissional e praticam a “desistência silenciosa” ou “demissão silenciosa”.

Na prática, isso significa realizar apenas o mínimo necessário para a sua respectiva função com o intuito de não se sentir sobrecarregado pelo trabalho e assim não afetar a sua saúde mental.

Já o episódio The Great Resignation trata sobre milhares de funcionários que decidiram efetivamente se demitir por não desejarem continuar trabalhando naquele cargo ou na empresa.

Por outro lado, existe também o Quiet Firing, dessa vez praticado por gestores imaturos com o intuito que o profissional peça a demissão. Isso acontecia principalmente através de não deixar determinado colaborador participar de importantes projetos ou estipular uma meta irreal para cumprir e negar feedbacks.

Consequentemente, o colaborador se sentirá insatisfeito e desvalorizado e então aumentam as chances de pedir demissão. Destaca-se que as condutas de Quiet Firing são consideradas abusivas!

Já o Quiet Hiring se mostra como uma grande solução para empresas e funcionários lidarem melhor com o clima organizacional.

O Quiet Hiring, ou “contratação silenciosa”, é uma estratégica que consiste na realocação dos funcionários dentro de uma empresa para que eles consigam usar mais os seus talentos ou desenvolver novas habilidades em outros setores.

Quais são os benefícios do Quiet Hiring para os funcionários?

Trabalhar em um ambiente saudável é de extrema importância para os funcionários. Com a adoção do Quiet Hiring, eles passam a perceber como a empresa considera seus talentos, suas habilidades e suas vontades de evoluir.

Em vez de realizar apenas o mínimo, como propõe o Quiet Quitting,  eles se esforçam mais nas suas tarefas e assumem novas atribuições porque sabem que serão valorizados pelos gestores e pela empresa.

Essa valorização pode se dar de diversas formas, como o desenvolvimento de novas habilidades, um aumento de salário para ser mais compatível com suas novas tarefas ou mesmo uma promoção para um cargo superior.

Os líderes também possuem grandes vantagens com a adoção do Quiet Hiring, porque contam com um time mais determinado a realizar as tarefas e estão em busca de aprendizado.

Consequentemente, os gestores conseguem desenvolver a sua liderança e ter uma visão mais estratégica de como lidar com os funcionários e como reter os talentos.

Com trabalhadores comprometidos, os líderes passam a focar suas energias no cumprimento das metas e em desenvolver cada vez mais o seu time, criando uma mentalidade de crescimento.

Portanto, com o Quiet Hiring, o clima organizacional melhora, proporcionando maior confiança e engajamento entre os colaboradores, bem como o aumento da compreensão e do bem-estar no geral.

Como as empresas podem implementar o Quiet Hiring?

Em momentos críticos, para cargos de confiança ou mesmo para valorizar os funcionários e promover uma cultura de crescimento profissional, muitas empresas optam por não contratar novas pessoas para o quadro de funcionários no momento.

Uma grande solução é poder realocar de maneira estratégica os funcionários em novas funções que precisem de mais atenção e que possam desenvolver seus talentos.

Em muitos casos isso pode significar novos treinamentos e aprendizado de novas habilidades, principalmente com as demandas decorrentes das tecnologias e necessidades de adaptação.

E essa é justamente uma chance para que se desenvolvam e possam, futuramente, ocupar posições mais altas dentro da empresa.

Eventualmente pode acontecer, dentro do fenômeno Quiet Hiring, a contratação temporária de funcionários para ajudar no desenvolvimento dos colaboradores da empresa, mas o principal foco desse fenômeno é o crescimento dos próprios funcionários.

Por isso, uma peça-chave nesse cenário é a atuação do setor de Recursos Humanos para fazer boas contratações e também para entender as necessidades e diferenciais dos trabalhadores para agregarem valor na empresa.

Portanto, o Quiet Hiring permite que a empresa não seja onerada com novas contratações, valoriza os funcionários que estão se destacando e permite maior retenção de talentos em um ambiente propício ao crescimento e mais voltado ao bem-estar.

Lições sobre a contração silenciosa e o ambiente de trabalho saudável

Conforme analisado, a qualidade do ambiente de trabalho é fundamental para identificar como os funcionários se sentem dentro da empresa e o seu desempenho perante as atividades.

A maneira estratégica de contratação deve ser feita com alguns cuidados para garantir que seja ideal tanto para a empresa quanto para os funcionários:

• Trabalhe com transparência sobre as possibilidades de promoção, aumento salarial e outros benefícios;
• Considere a possibilidade de ter bônus, horários flexíveis ou outras negociações com os funcionários;
• Garanta treinamentos adequados para o desenvolvimento das habilidades necessárias na realocação de funções;
• Treine os líderes para que tenha uma boa relação profissional com o seu time;
• Faça uma boa seleção de funcionários, com o objetivo de atrair talentos e funcionários comprometidos;
• Humanize a gestão para garantir um ambiente de trabalho mais saudável;
• Tenha atenção com a eficácia individual e mentalidade de crescimento;
• Implemente uma cultura vencedora dentro da empresa.

Um ambiente em que os funcionários se sentam valorizados evita o acontecimento de Quiet Quitting e de Quiet Firing. Além disso, um local saudável permite a ocorrência do Quiet Hiring, que se mostra a solução ideal para muitas empresas atualmente.