O futuro do trabalho está diretamente ligado a construir uma cultura de confiança dentro das empresas, pois é também verdade que estamos cada vez mais dependentes de que os talentos surgidos na empresa se sintam motivados, engajados e produtivos para que os bons resultados apareçam e se mantenham.

Dar lugar a uma cultura de confiança no ambiente de trabalho traz diversos benefícios à empresa, como redução da rotatividade, melhora no clima organizacional, permite trabalhos com maior autonomia e aumenta a produtividade. Mas como gerar essa cultura de confiança? Este é o grande desafio!

O que é confiança?

Primeiro, precisamos entender o que é confiança para que possamos inspirá-la em nossos colaboradores e líderes. A palavra confiança pode ser definida como um estado de uma pessoa que sente coragem para encarar desafios – mas não é só isso, é também ter fé em algo ou em alguém.

Mas confiança também pode ser muito mais do que isso, ela também tem a ver com outras duas qualidades: caráter e competência. Diversos estudos já demonstraram que a confiança deve ser dentro para fora. Isso quer dizer que antes de querer gerar uma cultura de confiança na sua empresa, você enquanto gestor e líder precisa mudar o seu próprio comportamento primeiro e, só então, inspirar os demais a fazerem o mesmo.

Por que investir em uma cultura de confiança?

Atualmente é tudo muito nítido, não é necessário nem comprovar cientificamente que organizações que inspiram alta confiança não só em seus colaboradores como em seus usuários finais são mais lucrativas e boas de se investir, isto porque a confiança alimenta a colaboração, o que se traduz em velocidade e inovação muito maiores.

Se a sua empresa tem uma cultura de baixa confiança, você pode com algum esforço fazer com que as pessoas se coordenem e até pode conseguir que elas cooperem entre si até certo ponto. Mas você não pode forçá-los a colaborar — e sem confiança, eles não conseguiriam nem se tentassem.

Estudos mostram que as pessoas não deixam as empresas — elas deixam maus chefes. Isso quer dizer que, se os colaboradores não confiam em seu supervisor imediato, é muito provável que também não confiem nos demais gestores ou na empresa como um todo. Ou seja, a confiança deve fazer parte da cultura e de como os líderes e gestores operam diariamente.

Na grande maioria das vezes, essa quebra de confiança não é gerada por causa de violações da ética, por exemplo. Pode vir de simples atos, comportamentos pequenos e aparentemente inconsequentes que corroem a confiança ao longo do tempo.

Ainda bem que o inverso também é verdadeiro: colaboradores que confiam em seus líderes de equipe têm mais chances de estarem totalmente engajados no trabalho. E como a confiança é recíproca, os funcionários também precisam sentir que seu líder confia neles.

Para inspirar confiança, você precisa ser confiável. Isso é o básico do básico. Costumamos dizer que ser confiável é o primeiro passo para ser um bom líder. O segundo passo para ser um bom líder é saber estender a confiança. E é neste passo que quase todo mundo tropeça. Afinal, é fácil entender o que significa ser confiável, mas poucos entendem a importância de confiar uns nos outros.

Cultura de confiança na equipe de trabalho

Por todos os motivos que citamos acima é necessário que, dentro de uma equipe, as pessoas confiem umas nas outras – e isso não é uma tarefa fácil. É preciso de muita disciplina e muitos meios diferentes como dinâmicas, treinamentos e simulações em situações reais e etc.

Uma equipe que é altamente eficaz trabalha junto com confiança, tanto nos processos e nos fluxos de trabalho, como também entre si. E para que a equipe se sinta inspirada e confiante, é necessário que o líder tenha confiança em si mesmo – é esta a chave para liderar, para encarar os desafios diários, coordenar reuniões e etc.

Sabe aquele velho ditado: “Gentileza gera gentileza”? Pois bem, a confiança também gera confiança e um líder confiante passa confiança para os seus colaboradores e colegas. Nós sabemos que encontrar a melhor forma de gerir uma empresa não é tarefa fácil, mas investindo em uma cultura de confiança pode ser o caminho certo.

Lembre-se de que bons gestores não são apenas chefes, são mentores. E é parte do trabalho de um líder formar outras lideranças dentro da empresa. O ideal seria identificar em cada setor uma pessoa de referência, ajudá-la a desenvolver as habilidades e, aos poucos, ir passando mais responsabilidades e já projetando o futuro da companhia.

Como desenvolver uma cultura de confiança

Já mencionamos que para que uma cultura de confiança seja o norte da sua empresa é preciso, antes de tudo, que os próprios líderes transformem as suas mentalidades e aprendam a gerar confiança em seus subordinados, além de confiar nos mesmos – esse é ponto primordial.

Feito isso, é bom também que os que estão em cargos de liderança desenvolvam e pratiquem a empatia. Ter empatia na gestão de equipes é fundamental para que ninguém se sinta sobrecarregado dentro da empresa. Uma outra forma de inspirar confiança na equipe é distribuindo responsabilidades. Saber delegar tarefas e compartilhar as responsabilidades faz bem para a equipe e também para o gestor.

Essas são algumas das competências que um líder que deseja inspirar uma cultura de confiança em sua equipe e formar novos líderes deve ter – e falamos sobre isso em nosso curso “Os 4 Papéis Essenciais do Líder”.

Esses papéis são essenciais porque quando o líder lidera a si mesmo também lidera suas equipes de forma consciente e alinhada com esses papéis. Só um líder que é confiável e que as pessoas escolhem seguir, que cria uma visão clara dos objetivos da equipe, que cria estratégias e consegue executá-las e que se torna uma espécie de “coach de potenciais” é que consegue transformar o ambiente de trabalho através de uma cultura de confiança.